Bem vindos 30!

Entre amigos e conhecidos foram dadas as boas vindas à nova década. Bolinho e velas acesas logo à meia-noite. É verdade que não me sinto aniversariante, o dia é apenas mais um no meu calendário. Mas os outros lembram-se e são esses os do coração. Os que apesar da distância se lembram de mim e de, com carinho, assinalar a data. Data essa que noutros anos passámos juntos em celebração.
Obrigada a todos.

Numa nova década, há um virar de página. Um libertar de névoas e negrumes e começo de esboço de novos caminhos a percorrer. Esses onde a esperança está depositada e que são tão desejados.

Este dia ficará para sempre registado na minha memória. A caixa castanha de cetim made in Italy deu o mote para o desvendar do pedido. Não houve joelho no chão, não houve família a assitir ou anel de brilhantes para simbolizar o acto. Houve amor, paixão e carinho saídos daquela caixa mágica deixada propositadamente em cima do banco do teu carro. A minha surpresa foi, ao abrir, ver-me retratada tão apaixonadamente naquelas linhas escritas por ti. Gostas tanto de mim.

Iniciava-se o jogo. Seguir as instruções e deparar-me com aquela pulseira de prata que, de tão simples e bela, marca a materialização de intenções. À colocação e ajuste da pulseira no meu braço, como sempre fino de mais para estes objectos, seguiu-se a leitura de mais um texto escrito por ti. Afinal, era a explicação para o verdadeiro simbolismo do presente. Não era uma escolha aleatória, mas simbólica. E então seguiu-se a pergunta sacramental, aquela que todas as mulheres sonham um dia ouvir da pessoa que amam: "Queres casar comigo?". Ainda sorri, mas a resposta impunha-se, ante a suspensão da tua respiração: "Claro que quero". Selámos o momento com um beijo, cheio de esperança na concretização dos nossos desejos.

Fui a primeira mulher a quem ofecereceste uma jóia. Gosto de ser primeira na tua vida (e também a última).

A música de outros tempos fez-nos depois deste momento perceber que somos muito boa companhia um para o outro. Quero-te.