Vou querer dizer que vou, que faço, que viverei assim. No meio do tudo, o nada impõe-se, porque eu não quero a meia medida. Insatisfaz-me a meia medida, o meio-termo, o que é morno.
Há situações que exigem os extremos e eu quero-os, desejo-os. A porta está aberta, tão aberta e escancarada quanto a necessidade de a fechar, com estrondo, para que todos ouçam e vejam o orgulho e a satisfação com que o faço.
Na imensidão da noite, sonho com o dia em que vou e que quero ir, partilharei a minha metade com a tua. Seremos unos, plenos de ser. Olhar os dois corpos materializados no espelho e ver um ser que já somos, mas que exige contornos físicos.
Mas ainda não é o dia.
1 comentário:
Oh a entrega um ao outro... também ainda não é o meu dia.
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