quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Haveremos de ser sempre um só

Diz-se que o Outono é o início do fim. Quando caem as folhas, que terminam os amores de verão, que o sol se torna tímido, que o frio se instala. Em contra-corrente, o Outono é o início de nós, de noites mágicas que nos juntam, de sentimentos que florescem, de duas almas que se aquecem. Guardo na memória a primeira noite de quase Outono que passámos juntos. Sorrio quando me recordo dos primeiros momentos a dois, da forma como magicamente nos atraímos e como as nossas almas se uniram.

Lembro-me de te estar a mexer no cabelo. Os meus dedos percorriam o teu cabelo, como um pedaço de mim que trilhava o caminho desconhecido. Lembro-me de pensar quem serias tu. Tu que estavas à minha frente, a olhar para mim, naquele momento.

Naquela altura, as emoções andavam em convulsão, eu não sabia o que faria no dia seguinte, mas olhar para ti dava-me paz, apesar de saber pouco de ti. E foi atrás dessa paz que fui. A paz deu lugar à ansiedade de partilhar momentos contigo, queria mais e mais. Sentia-me bem contigo, naqueles momentos de fusão da alma, onde o olhar falava, as bocas sentiam e as mãos ouviam os desabafos da alma feliz. Ainda hoje é assim. sinto-me bem contigo, neste presente que às vezes rima com ausente, mas que o passado faz presente. E o Amor gera mais Amor. Sabes que acredito que é para sempre?

Haveremos sempre de ser um só.

E celebramos isso. Hoje e sempre. Com a alegria e o orgulho de termos conseguido construir uma relação, uma união. E só por isso já valeu a pena existir. Agradeço-te por existires, por fazeres parte de mim. Para sempre.

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