quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Erros

Devo anunciar que sou dotada da incapacidade de relevar o que mais me toca nos sentidos. Tenho sempre tendência a salientar o menos importante, o pormenor. Ora, perante tamanha beleza de texto, perante tão elevada pureza de sentimentos, eu falo dos erros. Da falta de acentos, de vírgulas, de pontos, de letras que geram erros ortográficos a quem lê.

Ora, meu caro, meu amor, meu tudo, eram palavras que o vento leva, que quero que o vento leve. Aquelas que se dizem enquanto o cérebro ainda está desactivado, depois de uma tempestade emocional que impede os neurónios de fazer conexões. Emoção e racionalidade são coisas difíceis de conjugar. Foi aquilo um subterfúgio de quem fica meio sem jeito, envergonhada porque ainda não se habituou a que escrevam sobre ela. Que a desenhem com tão nobres palavras e adjectivos. Se tivesse uma câmara a gravar a minha expressão facial, certamente verias, a cada nova linha, o dealbar de um sorriso cada vez mais bem desenhado e, contudo, contido, de lábio mordido. Enterneces-me, desarmas-me com gestos, com palavras, com tudo aquilo que és.

Na realidade, ao ler-te, queria mesmo era abraçar-te, beijar-te, apertar-te, amar-te, escrever já esse lado B da vida.

Será que se pedirmos os dois, acontece mais depressa? Vamos tentar! :)

1 comentário:

PauloSilva disse...

Basta pedir, tentar e lutar para tal!
Palavras muito sentidas aqui, será que o cérebro não se intrometeu nelas? :b

Beijinho *