Não foi a primeira pessoa, nem a segunda que o disse, mas a isto respondo que: "Para um amor ser vivido em pleno, é preciso muito mais que sentimentos".
Às vezes, sinto que ainda tens aqui um lugarzinho no meu coração ainda. Que ainda és parte de mim. E faço hoje coisas que jamais faria há uns anos atrás, tenho atitudes em que às vezes nem me reconheço.
A chegar às três décadas de vida, ainda estou a descobrir sentimentos... estranho. Há ainda um sentimento de posse ou de pertença em relação a ti. Qualquer pessoa que se aproxima de ti causa-me instabilidade, revolta interior. Porque eras meu (sem que eu reclamasse alguma vez a posse; e se havia pessoa desprendida era eu...) e agora és apenas passado. E devias sê-lo apenas e só, devia recordar-te com a saudade das coisas longínquas que passam na nossa vida. Mas...
Não sei o que sinto por ti. Às vezes, acho que é ódio, outras simples inveja de ver como ultrapassas tudo tão bem, aparentemente.
Acho que não consigo dizer que sou tua amiga. Aos amigos diz-se tudo, tu não me dizes tudo e eu também não te digo tudo... não sou capaz. Presumo que contigo aconteça o mesmo. Por isso, e, recorrendo ao meu conceito de amizade, não posso dizer que sou tua amiga. Fazemos mal um ao outro. Tentamos ferir-nos. Alguém me sabe dizer o que é isto? Porquê isto?
Os outros dizem que nos gostamos. Eu recuso-me a acreditar nisso. Não posso gostar de uma pessoa que me fez tanto mal... "sem querer"...
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