Eu fazia. Eu respondia. Eu ía. Eu entregava. Transpunha a vontade. Corrompia a verdade. Saía da vida. Amarrava a alma. Não podia ver. E sofria e ficava na cama a ver as horas passar, a desejar que o dia não existisse, que o tempo passasse e dormia, dormia, dormia, na esperança de, quando acordasse, o dia fosse de sol e eu fosse outra, noutro mundo.
Eu nunca fui outra, o mundo é sempre o mesmo. Mas eu já não faço, já não respondo, já não entrego, já não transponho a verdade. Sou a minha verdade, vivo a minha vida, de alma solta para ver tudo à minha volta. O sol ainda não brilha, mas o vento vai ajudar as nuvens a dissipar-se. E eu já acordo com vontade de saltar da cama.
1 comentário:
Tens é de te concentrar em ti mesma... o resto com o tempo acaba por passar.
Enviar um comentário